Ele ergueu a cabeça e olhou em sua direção, o coração de Elisabeth disparou e suas mãos ficaram frias, com um sorriso no rosto ele fechou o livro e colocou do seu lado no banco. Foi realmente inesperado, simplesmente largou seu livro no banco e foi caminhando até os balanços e enquanto isso uma das luminárias da praça piscava falhando a iluminação, seu caminhar era um compasso para Elisabeth que o via se aproximando, não conseguia mais disfarçar o fato de ficar balançada com sua presença a incomodava e fazia pensar se ele estava percebendo.
Aquela hora senti meu coração bater tão rápido quando os tamborins de minha Salgueiro, como podia imaginar que ele iria vir até mim, a ideia era só fazer que me nota-se, o que eu fazer? Um sorriso tímido e um comprimento mais informal? Como eu podia imaginar que seria tão difícil.
Uma nuvem acabava de passar pela lua e sua luz iluminava toda a praça agora, a luz do poste se manteve por um momento enquanto para ela o tempo havia parado, ele se apoiou em uma das barras do brinquedo e olhando para o chão a cumprimentou. Seu nome era Fillip, tinha 30 anos e não morava no bairro, muito simpático fazia questão de elogiar Elisabeth. Depois das quatro da manhã ele mesmo se ofereceu para leva-la até sua casa, Elisabeth recusou e foi embora, tinha consciência que estava tarde e Eliana não iria gostar de saber do que havia acontecido, mas para Fillip tudo fazia sentido.