Elizabeth, Elizabeth... Ousa Elizabeth quer saber a verdade, não quer. Venha Elizabeth ousa e venha ao meu encontro, não tenha medo, não tenha medo do que não vê.
A menina abre os olhos e vê que o sol invade seu quarto pela janela, é impossível levantar, está muito cansada e não se lembra nem mesmo o dia da semana, porem sua mão já procura seu diário que também não lembrava onde teria parado. Elizabeth olhou embaixo da cama e lá estava o caderninho, pegou e logo começou a escrever... Era importante não esquecer.
Duas da manhã ele estava lá, bonito como em meu sonho, minha mão estava gelada e meu coração disparado já sabia que era ele. Como esquecer aquele homem, ele mexia comigo de uma forma especial era intenso e delicado, nunca havia sentido algo se quer parecido, ele é especial e vou procurar novamente por ele e se não o achar vou arrumar um motivo para uma menina de 14 anos caminhar pela praça de madrugada. Não! O meu Deus, qual?
Sou ridícula, uma menininha boba e sem sal nunca encantaria um homem, principalmente como ele, tão encantador. Mas juro, quando eu dormia pode sentir em meu sonho ele me olhando e passava a mão em minha cabeça, acredite, pode sentir e assim estou a pessoa mais feliz do mundo.
Terminando o que estava escrevendo ela saiu do quarto e foi direto para o banho, enquanto isso na porta Eliana atendia Marcos, então pediu para ele esperar ela sair do banho e ela mesma pedia licença para ir ao mercado. Marcos ao ver Eliana sair, corre as escadas e começa chamar por Elizabeth, a menina atende de dentro do banheiro e pede para ele esperar no quarto mesmo. Marcos caminha até o quarto, e meio sem jeito vai entrando e senta em uma poltrona, encontra o diário sobre a cama e pensa na hipótese de ler, mas decide não o fazer.
Com alguns minutos de espera, ele se levanta e abre o caderno em uma página em branco, pega a caneta e escreve algumas palavras e fecha novamente. Com um grito Elisabeth avisa que está quase pronta, e o menino assustado fecha e sai do quarto correndo para corredor. E então se depara com Elizabeth com a toalha nas mãos e o cabelo molhado, a menina nota sim o nervosismo de Marcos, mas abre um sorriso e brinca dizendo que ele estava há atrasando.
Penso se poderia contar a Marcos o meu segredo, seria bom saber sua opinião sobre o que estou sentindo. Mas por outro lado penso que ele não iria entender e se preocuparia, acredite Marcos sempre foi um grande amigo, já me livrou de varias. Por outro lado, é “bonitão” e muito popular, ele saberia me ajudar com seu jeitinho amoroso, me daria “altas” dicas.
Os dois saem de casa para caminhar um pouco, só que Elisabeth não conseguia parar de pensar no homem misterioso e no que ela iria fazer quando estivesse em frente a ele. E em um desses momentos de distração um grupinho de meninas começam a mexer com Marcos e ele meio sem graça tenta ignorá-las, e então que Elisabeth pede que ele não fique assim. Os olhos de Marcos ficam tristes e encontram os dela e então ele tenta falar, mas desiste e sai correndo para casa, a menina não entende, mas o deixa ir.
Mas dessa noite não passa!