Elizabeth está deitada no sofá assistindo televisão enquanto sua Mãe está na cozinha preparando a janta para a família, hoje é sexta-feira e o Beto, pai de Elizabeth, chega do Rio de Janeiro onde estava tratando os últimos ajustes para a mudança. Elizabeth ainda não lidava bem com a ideia, mas seus pais sempre acharam que seu único motivo era a amizade com Marcos e não sabiam que a menina estava apaixonada.
Era bem tarde, mas o telefone tocou. Eliane atendeu ao telefone e era Marcos pedindo para falar com Elizabeth, a menina se levantou e atendeu agradecendo a mãe, porém quando ouviu o que o amigo tinha dizer não pode acreditar.
Não! Não! Para com esse papo, parece que não me conhece. Não precisa disso! Marcos eu vou ai, calma, não fala isso. Mãe posso ir à casa do Marcos? “Pera” amigo, Mãe, responde!
Do outro lado da linha, Marcos com lagrimas nos olhos desligava o telefone e com o Diário de Elizabeth na mão ele descobriu que nunca devia ter lido aquele caderno. Porém Elizabeth não sabia exatamente o que acontecia, para ela Marcos estava triste com aquilo o que ela disse a ele no parque, sua mãe não a deixou sair e logo seu pai entrava em casa sorrindo e contando as novidades.
Eliana havia preparado uma refeição perfeita, porém Elizabeth com um beijo em seus pais se despedia para subir ao seu quarto, ela olhou pela varanda para fora e olhando novamente para sua cama ela decide que essa noite não esperaria por ele e precisava dormir um pouco. Ligou o radio bem baixinho e se deitou.
Oh, life is good, Oh, life is good, Oh, life is good...
As good as you wish!
Do lado de fora estava ele, olhando pela varando a menina dormindo, sua face era melancólica e parecia se sentir melhor em estar ali. Caminhou lentamente até a cama da menina e com uma das mãos colocou uma flor sobre a cama, baixinho podia ouvir sua voz dizendo: “Você não precisa ir”.